domingo, 3 de agosto de 2008


ENTRE NÓS E O CÉU
Entre os céus e a terra
abraço as estrelas uma a uma
como se de nossos filhos se tratassem
envolvo-as no meu ser
e as portas do infinito são a nossa casa
Estendo o meu olhar no horizonte
até perder-se
e dou-me ao previlégio de ser eu
de confessar o pecado que não existe
de soltar o meu grito na noite que não te tenho
Nós fazemos do luar o nosso cúmplice
sugamos da escuridão, o silencio
e o meu olhar com o teu
em plena comunhão com os astros
coloca em forma de desejo
pedacinhos de amor
que abrem todas as portas da minha vida
Entre o céu e a terra
a vastidão é sublime, encantadora
e eu chamos a todas as horas pelo teu nome
de certo que tu me escutas,
algures, onde o luar é caprichoso
e onde a noite brinca com as estrelas
e no teu silencio
adivinho brilhos, crenças, sonhos
e o meu nome
Cruzas os céus em cavalos brancos
e abres as asas do desejo
mas roubaste-me o caminho
fazes do horizonte a nossa casa
retiras-te a lua para eu entrar
mas impedes o meu entendimento
deste-me o prazer envergonhado
sobre lençois imaginários
mas és quiméra
que se move teimosamente no pensamento

1 comentário:

RS disse...

Por vezes acordo com uma sensação de alegria, bem estar.
Acredito que é o efeito de um sonho com cor.
Será?
RS